Peça de teatro Segundo São Mateus

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Foi maravilhosa!!!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Por que limite na Infância?

         Hoje, navegando por uma rede social famosa no mundo inteiro, me deparei com umaa foto e também uma frase que dizia assim: "Se você se lembra disso... É porque não teve uma infância tãão boa assim!".
     Com isso, a minha indignção foi tão grande, que me obriguei a desabafar lá e estou também escrevendo aqui, para que a mesma fique registrada mais perto dos meus olhos.
    A postagem falava da varinha de marmelo, das fivelas de cintos, de mangueiras, de fios de telefone, entre outros instrumentos de tortura utilizados por alguns pais para educar seus filhos.
     Não resta dúvida que eram agressões feitas às crianças, mas eles tinham lá suas razões. Isto não está em discussão.
     É certo também que na minha infância  apanhei muito, mas também brinquei muito, joguei bolinha de gudi, joguei bola em campinho com muita poeira, fiz todo tipo de esporte, brincava na rua até às 22 horas no verão, andava de balanço no tanque, na volta da escola, li a coleção inteirinha dos "Contos da Carochinha", li os gibis do Disney, li Mandraque, no espelho; tirinhas de Mafalda e me considero, por tudo isso, viver uma infância privilegiada.
     Meus pais eram presentes,  me cobravam as tarefas, as tabuadas, problemas do cotidiano e todo o tipo de desafios matemáticos. Minha mãe me contava histórias de Monteiro Lobato e meu pai se fazia de cavalinho para os seis filhos, fazia cócegas até a gente chorar de tanto rir.
     Tive todos os tipos de experiências agradáveis e desagradáveis. Enxerguei o mundo através dos olhos dos meus pais, fui obediente, mas nem por isso deixei de construir meu mundo especial. Penso, que por isso hoje me sinto uma pessoa feliz, realizada em todos os aspectos.
     Da mesma forma, eduquei as minhas filhas com os valores que fui criada e elas me ouviram e também são pessoas felizes. Cada uma do seu jeito, especial, são meu orgulho.
     Ah! O mais importante, também apanharam muito, de chinelo e da própria vida. Cresceram e são amorosas e souberam educar seus filhos com limites e amor.
     Hoje a juventude está precisando de limites, pois falta educação, responsabilidade e compromisso para com suas tarefas. Os pais de hoje omitem essa responsabilidade e passam para a escola que não dá conta e acontece o que acontece nas grandes cidades. 
     A família há que ser resgatadas e juntamente com elas os valores morais e os bons costumes, para que possamos ter uma sociedade que prime por isso e governantes dignos. Dessa forma podemos ver um melhor futuro para as próximas gerações.