No profundo pélago,
Penetrar,
O âmago do ferro,
Sentir
O pincelar cortante da adaga.
Lamber,
As crespas ondas dos ventos.
Pisar,
Chamas de arame farpado.
Ouvir,
O crocitar das nuvens,
Cortar,
Os fiapos da noite,
Cochichar,
Com as pedras.
Saber que escrever
Nada e tudo.
Brota do fio irracional
Ou ainda
Cai dos astros,
Da poeira sábia,
Um murmúrio dos
Arbustos invisíveis,
E se transforma
Em cordões de palavras
Encarrilhados
Feito serpentes
A picar pensamentos,
A envenenar sentimentos,
A povoar mentes
E deixar reticentes...
Simples!!!
bete cruz/25/07/2011